top of page

Mariana G. Chaves

CRP-04/72807

  • Whatsapp
  • Ícone do Instagram Preto
Buscar

Mitos e verdades sobre o tratamento psicanalítico

  • Foto do escritor: Mariana  Chaves
    Mariana Chaves
  • 19 de mar.
  • 5 min de leitura

Atualizado: 6 de abr.


ree

Hoje em dia, a psicanálise está mais presente do que nunca no nosso dia a dia! Seus conceitos e práticas estão se espalhando além das universidades e círculos psicanalíticos ou intelectuais, alcançando um público muito maior. Termos como “recalque” e “narcisista” já fazem parte do nosso vocabulário cotidiano.


A internet desempenhou um papel fundamental nesse processo, permitindo que psicanalistas e estudiosos compartilhassem seus conhecimentos e divulgassem seu trabalho. Isso trouxe muitos benefícios, como um aumento no interesse pela psicoterapia com base na psicanálise.


Por outro lado, também enfrentamos alguns desafios. A complexidade da teoria psicanalítica pode ser simplificada demais, e alguns termos acabam sendo usados de forma superficial. Além disso, há o risco de preconceitos e ideias distorcidas sobre a psicanálise se espalharem.


Você já deve ter ouvido algumas afirmações como: “a psicanálise não tem comprovação científica”, “a análise é sempre muito demorada”, “na psicanálise, tudo gira em torno de questões sexuais” ou “a análise só fala do passado e não ajuda com problemas atuais”. É importante questionar essas ideias, pois muitas delas vêm de um senso comum que não captura a complexidade da teoria e das técnicas que sustentam o trabalho psicanalítico.


Devemos ter cuidado com o que consumimos, especialmente nas redes sociais. Muitas pessoas estão tão ansiosas por engajamento que acabam reproduzindo algumas ideias superficiais ou enviesadas sobre a psicanálise¹. Por isso, é fundamental buscar informações de fontes confiáveis e entender melhor o que realmente envolve a psicanálise.


É um momento fascinante, cheio de oportunidades e desafios, que nos convida a refletir sobre como entendemos a mente humana! Pensando nisso, decidi esclarecer algumas das principais dúvidas que as pessoas têm ao buscar uma psicoterapia ou análise pessoal.


Vem comigo?



Por que fazer análise?

Freud dizia que o objetivo da psicanálise não é apenas eliminar os sintomas, mas ajudar a pessoa a ter uma vida mais satisfatória, dentro do possível.

ree

É importante notar que ele não usou a palavra "feliz", porque a felicidade é vista como um estado passageiro, que se alterna com momentos de desconforto e tristeza. Ninguém é feliz o tempo todo, e todos nós enfrentamos sofrimento em algum momento da vida.


Embora não possamos evitar o sofrimento, o trabalho analítico pode ajudar a torná-lo mais suportável.


Freud acreditava que o objetivo da análise consistia em transformar um sofrimento intenso em algo mais comum e menos doloroso².

A ideia é que, ao entender melhor a si mesmo e suas experiências, a pessoa possa viver de forma mais ativa e prazerosa. Isso mostra como o trabalho na psicanálise é profundo e complexo.


Preciso ter conhecimento teórico sobre psicanálise para iniciar uma análise pessoal?

De forma alguma! Inclusive, muitos pacientes, ao buscar um tratamento psicológico, não têm conhecimento sobre a existência de diferentes abordagens.  A tendência de pesquisa por abordagens específicas tem se intensificado apenas recentemente, justamente devido ao aumento da conscientização sobre o cuidado em saúde mental, à facilidade de acesso à informação e à diminuição do preconceito em relação aos transtornos mentais.


Não é necessário ter conhecimento prévio sobre as abordagens para iniciar um trabalho terapêutico. O profissional pode, se achar pertinente e benéfico para o tratamento, realizar intervenções pontuais e explicar alguns processos psíquicos ou conceitos relevantes. Esse processo de esclarecimento é conhecido como psicoeducação na psicologia.


No caso mais específico da psicanálise, o paciente deve apenas estar aberto ao processo e disposto a explorar suas experiências, pensamentos e emoções, independentemente do seu nível de conhecimento prévio sobre a teoria.

É possível fazer análise online?

Sim! O atendimento psicológico remoto é viável, inclusive na abordagem psicanalítica.


ree

O Conselho Federal de Psicologia³ permite e regulamenta consultas feitas por meio de tecnologias, desde que sejam respeitados os princípios éticos da profissão, como o sigilo. Para participar de uma psicoterapia online, é necessário ter acesso à internet (embora também seja possível atender por telefone), um dispositivo eletrônico (como smartphone, tablet ou computador) e um ambiente privado e tranquilo para as sessões.

Entre as vantagens do atendimento psicológico remoto estão: economia de tempo e dinheiro, a eliminação da necessidade de deslocamento, maior flexibilidade para se ajustar à rotina, praticidade e melhor acesso a profissionais e serviços.


No entanto, existem algumas desvantagens, como possíveis problemas de conexão à internet. Além disso, há situações em que o atendimento remoto pode não ser adequado; cabe ao profissional identificar essas limitações e sugerir a mudança para o atendimento presencial (quando possível) ou encaminhar o paciente a outro especialista.


Psicanalistas só escutam e não falam nada durante a sessão?

Não, porém depende. O analista faz intervenções quando julga necessário. Mas existem muitas variáveis, que envolvem características pessoais do profissional e do paciente, o vínculo estabelecido entre eles, a linha teórica do profissional (pois a psicanálise não é homogênea e existem diversas abordagens dentro da própria psicanálise) etc.


Eu, particularmente, costumo fazer perguntas, especialmente quando o vínculo ainda está sendo construído ou quando o paciente tem muita resistência para falar. Mas o foco da análise é, sim, a fala do paciente - de preferência, a fala mais livre possível. Na análise, o paciente deve falar sobre tudo o que lhe vier à cabeça, mesmo que pareça insignificante, sem sentido ou desconfortável de se dizer. O espaço da análise não comporta julgamentos sociais - e o analista acolhe mesmo o discurso que o próprio analisando julgaria "vergonhoso" ou "condenável" de ser dito em outras esferas.

O analisando deve ter curiosidade sobre si mesmo e não esperar que o analista dê todas as respostas ou soluções. Afinal, cada pessoa é quem melhor se conhece e será responsável por lidar com as consequências de suas próprias escolhas.

O processo de análise é uma chance de explorar seus pensamentos e sentimentos, permitindo que você compreenda melhor seus desejos. Ao fazer isso, você aprende a assumir esses desejos, aceitando os riscos e as diversas consequências que podem surgir dessa jornada. Essa exploração pode levar a um autoconhecimento mais profundo e a decisões mais alinhadas com quem você realmente é.

O papel do analista é ser um intermediário nessa caminhada. Ele propicia um local seguro, acolhedor e sem julgamentos para que o paciente fale – sobre absolutamente tudo o que quiser.


Esse espaço de fala se transforma, assim, em um espaço de escuta. O profissional escuta o paciente, é claro! Mas não só isso. Torna-se possível que o paciente escute a si mesmo.

E quantas vezes já presenciei pacientes se surpreendendo com as próprias verbalizações! Isso é algo lindo de se ver!


Por isso a linguagem é tão importante em uma análise, pois é uma das maneiras pelas quais se pode entrever alguns aspectos do inconsciente do analisando.


Costumo dizer que o analista é como um instrumento ou um mediador. Ele ajuda o analisando a ajudar a si mesmo.
ree


SOBRE MIM:

Meu nome é Mariana Chaves, sou psicóloga (CRP-04/72807), trabalho com a abordagem psicanalítica e ofereço um espaço seguro e acolhedor para você contar a sua história, trabalhar as suas demandas e falar sobre seus pensamentos, experiências e sentimentos mais profundos!

 

Se você tiver mais perguntas ou quiser agendar uma sessão, estou aqui para ajudar!





REFERÊNCIAS:


1 GABRIEL, R. de S. Do divã para as redes: como a psicanálise conquistou a internet. O Globo, 22 fev. 2022. Cultura. Disponível em: https://oglobo.globo.com/cultura/do-diva-para-as-redes-como-psicanalise-conquistou-internet-1-25399047. Acesso em: 19 mar. 2025.

2 FREUD, S. Projeto para uma psicologia científica (1895). In: FREUD, S. Edição standard das obras completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996. v. 1.

3 CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução CFP N° 011/ 2012. Regulamenta os serviços psicológicos realizados por meios tecnológicos de comunicação a distância, o atendimento psicoterapêutico em caráter experimental e revoga a Resolução CFP N.º 12/2005. Disponível em: https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/Resoluxo_CFP_nx_011-12.pdf. Acesso em: 19 mar. 2025.

 
 
 

Comentários


CONTATO

ENDEREÇO

Juiz de Fora - MG

HORÁRIO

Seg - Sex:

7:00 - 18:00

CONTATE-NOS

+55 (32) 98414-3136

Todos os direitos reservados para @marianachaves.psi

Obrigado pelo envio!

  • Whatsapp
  • Ícone do Instagram Branco

IMPORTANTE!
Este site não oferece atendimento imediato em momentos de crise suicida, mas há pessoas prontas para te ouvir no Centro de Valorização da Vida (CVV)! Para falar com o CVV, ligue 188. O serviço está disponível 24 horas, todos os dias, com atendimento gratuito e sigiloso. Se você estiver em uma situação de emergência psicossocial, procure o hospital mais próximo. Em caso de risco à vida, ligue imediatamente para o SAMU - 192. 

A sua vida importa! Busque ajuda! 

CVV-Logo-site.png
Mariana Guimarães Chaves (3).png
bottom of page